Orientação de Leitura "Não sei se é sonho, se realidade"


1. Primeira parte – primeira estrofe; segunda parte – segunda e terceira estrofes; terceira parte – quarta estrofe.
2. Na primeira parte, o sujeito poético apresenta a hipótese de ser possível a concretização do sonho.
2.1. Orações condicionais; a utilização repetida do advérbio de dúvida “talvez”; o uso do conjuntivo “dêem”.
2.2. O poema inicia-se com a 1ª pessoa do singular, que traduz a reflexão pessoal, mas ainda na 1ª estrofe, o sujeito poético passa a utilizar a 1ª pessoa do plural que generaliza o âmbito da reflexão àqueles que sonham, sem deixar o sujeito de estar implicado nessa categoria. Contudo, essa 1ª pessoa do plural marca a passagem para a reflexão filosófica, ontológica, passagem que é evidenciada pelo uso da 3ª pessoa em expressões como “só de pensá-lo cansou”. No final do poema, retoma-se o uso da 1ª pessoa do plural, generalizador e aglutinador de sujeito poético + homens.
2.3. A ilha é a representação do sonho. Ligada a esta representação do sonho está a ideia de felicidade, de paraíso alcançado, na terra de “suavidade”, com palmares, áleas, sombras e sossego onde a vida é jovem e o amor sorri.
3. Conjunção coordenativa adversativa “mas”.
3.1. É anulada já que, uma vez realizado, o sonho deixa de o ser, logo, não se concretiza.
4.1. O poeta conclui que não é com sonhos longínquos, nem com objectivos distantes que a felicidade se encontra, pois aquilo que procuramos está dentro de nós mesmos.
4.2. “É em nós que é tudo”. Esta afirmação coloca na primeira linha do ser a procura de si mesmo. No entanto, também a procura do que está para além, a distância, o longe, é tema fundamental nesta poesia.
5. aquela – sonho; essa – distância; nesta – realidade. O sonho era a distância, o “ali”, “aquela terra”, “essa terra”; uma vez atingido é a realidade, “nesta terra” onde “o mal não cessa, não dura o bem”.
5.1. O poeta começou por colocar como possibilidade a realização do sonho; depois anula essa hipótese, considerando que uma vez realizado, o sonho deixa de o ser; finalmente, conclui que não é necessário fugir para o sonho, porque aquilo que procuramos está dentro de nós mesmos.
6. Binómio sonho/ realidade
7. A utilização da regularidade métrica (versos de 9 sílabas), da rima, das repetições, das aliterações, da interrogação são os processos que mais contribuem para a musicalidade do poema.

2 comentários:

Anónimo disse...

onde estão as perguntas?

Anónimo disse...

no livro do 12º ano Plural pagina 165