A palidez do dia é levemente dourada.
O sol de inverno faz luzir como orvalho as curvas
Dos troncos de ramos secos.
O frio leve treme.
Desterrado da pátria antiquíssima da minha
Crença, consolado só por pensar nos deuses
Aqueço-me trémulo
A outro sol do que este –
O sol que havia sobre o Parténon e a Acrópole
O que alumiava os passos lentos e graves
De Aristóteles falando.
Mas Epicuro melhor
Me fala, com a sua cariciosa voz terrestre
Tendo para os deuses uma atitude também de deus,
Sereno e vendo a vida
À distância a que está.
Ricardo Reis, Poesia, Lisboa, Assírio & Alvim Ed., 2000
1. Caracteriza, por palavras tuas e ilustrando com passagens do texto, a paisagem em que o sujeito poético se insere.
2. Atenta na segunda estrofe.
2.1. Indica a que pátria se refere o sujeito poético nos versos 5-6.
2.2. Explicita de que forma o sujeito poético procura “consolar-se” da sensação de “desterro”.
2.3. Explica a simbologia do “outro sol” (v. 8).
3. Relê as duas últimas estrofes.
3.1. Esclarece as razões que levam o sujeito poético a preferir Epicuro a Aristóteles.
4. Identifica, no poema, três recursos estilísticos relevantes.
5. Comprova, neste poema, a presença do neopaganismo e do neoclassicismo.
6 comentários:
Boa tarde.
Sou uma aluna do 12ºano e gostaria de saber se era possível ter acesso à resolução do questionário deste poema, uma vez que este seria um complemento essencial para o meu estudo.
Obrigado pela atenção.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Silvestre.
Também gostaria de saber a resposta a estas perguntas por favor, urgente
obrigada
É possível ter acesso às soluções clicando no tópico "Cenários de resposta" que se encontra no mesmo sítio deste tópico.
Continuo sem encontrar as propostas de resolução.... pode enviar link?
http://storamjoao.blogspot.pt/2009/05/cenarios-de-resposta.html
Olá gostava de ter as respostas das perguntas do poema "uns, com os olhos postos nos passado...." como posso conseguir?
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