Frutos, dão-os as árvores que vivem,
Não a iludida mente, que só se orna
Das flores lívidas
Do íntimo abismo.
Quantos reinos nos seres e nas cousas
Te não talhaste imaginário! Quantos,
Com a charrua,
Sonhos, cidades!
Ah não consegues contra o adverso mito
Criar mais que propósitos frustrados!
Abdica e sê
Rei de ti mesmo.
Ricardo Reis, Odes
© Assírio & Alvim / © Herdeiros de Fernando Pessoa
© Assírio & Alvim / © Herdeiros de Fernando Pessoa
Leia atentamente o texto e responda às seguintes questões:
1. Interprete a afirmação contida no primeiro verso, por oposição à mensagem transmitida pelos três versos seguintes.
2. Que pensa o eu poético dos ambiciosos projectos humanos?
2.1 Esclareça os efeitos de sentido relativos ao uso da interjeição e do ponto de exclamação nos versos 9 e 10.
3. Explique o sentido dos dois últimos versos do poema.
3.1. Identifique e caracterize a atitude filosófica que lhes está subjacente.
4. Indique o tema dominante da composição poética.
2 comentários:
Precisava das respostas deste poema sff!
http://storamjoao.blogspot.pt/2009/05/cenarios-de-resposta.html
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